Apoio aos profissionais de saúde

O GUIA acredita que a disseminação de informações corretas e seguras sobre a urticária, por parte dos médicos, é primordial para o tratamento dos portadores.

Confira abaixo algumas indicações de artigos científicos que são relevantes em termos de atualização sobre a doença.

Estamos abertos a dúvidas, críticas, sugestões dos colegas médicos ou ainda, e principalmente, vontade de juntarem-se a esta associação.

Review of Contact Urticaria Syndrome – Evaluation to Treatment
Aquino M, Mawhirt S, Fonacier L
Current Treatment Options in Allergy. 2015 Dec; 2(4):365-380

A síndrome da urticária de contato foi definida na década de 1970 e, apesar disso, sua incidência ainda é desconhecida mundialmente. Acredita-se que tem um caráter ocupacional bastante frequente. O reconhecimento e manejo dessa entidade ainda representa uma dificuldade entre os dermatologistas e alergistas. Este artigo de revisão trata de todos os aspectos clínicos e fisiopatológicos dessa síndrome de maneira bastante didática. Leia mais
 
Physical urticarias and cholinergic urticaria
Abajian M, Schoepke N, Altrichter S, Zuberbier T, Maurer M.
Immunol Allergy Clin North Am. 2014 Feb;34(1):73-88

As urticárias físicas são mais frequentes, crônicas e debilitantes do que imaginamos. Atualmente chamadas de urticárias induzidas, elas impactam significativamente a qualidade de vida dos portadores. Este artigo nos dá uma visão geral das principais urticárias induzidas. Nele, discute-se os estímulos relacionados com o aparecimento de cada urticária, o mecanismo de ação, os testes que possibilitam confirmar o diagnóstico e os principais tratamentos disponíveis. Leia mais
A study of treatment adherence and quality of life among adults with chronic urticaria in Singapore
Heng JK, Koh LJ, Toh MP, Aw DC.
Asia Pac Allergy. 2015 Oct;5(4):197-202. doi: 10.5415/apallergy.2015.5.4.197. Epub 2015 Oct 28

Este estudo avalia a aderência do paciente com urticária crônica ao tratamento e o seu impacto na qualidade de vida. Na urticária crônica, o desconforto físico e o prejuízo nas atividades diárias são comparáveis aos pacientes com dermatite atópica e ainda mais graves que em pacientes com psoríase. No estudo apresentado, observou-se que o sintoma que mais prejudicou a qualidade de vida dos pacientes avaliados foi o prurido e a maior interferência da urticária está na perda de qualidade do sono e na sensação de cansaço após noites mal dormidas. Foi demonstrada, também, uma baixa aderência ao tratamento, porém, sem relação com a qualidade de vida destes pacientes, sendo necessários mais estudos. Leia mais
Pediatric Urticaria
Tsakok T, Du Toit G, Flohr C
Immunol Allergy Clin North Am. 2014 Feb;34(1):117-39

A urticária aguda na criança é comum. A urticária crônica, apesar de rara, tem impacto importante na qualidade de vida das crianças. Na infância, a urticária crônica espontânea está bastante relacionada à presença de outras doenças autoimunes mas, ao contrário dos adultos, a presença de auto-anticorpos não sinaliza para uma doença mais grave e prolongada. A urticária crônica na infância, na maioria dos casos, melhora com o passar do tempo. O comprometimento da via aérea nas crianças não é comum mesmo quando o angioedema é pronunciado. Conheças essas e outras peculiaridades da urticária na infância que são discutidas neste artigo. Leia mais
 
How not to miss autoinflammatory diseases masquerading as urticaria
Krause K, Grattan CE, Bindslev-Jensen C, Gattorno M, Kallinich T, de Koning HD, Lachmann HJ, Lipsker D, Navarini AA, Simon A, Traidl-Hoffmann C, Maurer M
Allergy. 2012 Dec; 67 (12):1465-74. doi: 10.1111/all.12030. Epub 2012 Sep 15Jun

Lesões urticariformes são comuns na prática diária do dermatologista. Várias dermatoses cursam em algum momento da evolução com lesões que se assemelham a urticas, sem ser urticária aguda ou crônica. Esse artigo chama a atenção para um grupo especial de doenças de descrição recente, que ocorrem por uma alteração no sistema imune inato e recebem o nome de doenças autoinflamatórias. Uma parte dessas doenças apresentam-se com febre e lesões urticariformes, além de outros sintomas sistêmicos. Apesar de raras, devemos conhecer as mais comuns para podermos suspeitar do diagnóstico, que, apesar da grande evolução nesse tema, ainda é muito difícil. Esse artigo traz a clínica e dicas diagnósticas das doenças autoinflamatórias que podem ser confundidas com urticária. Leia mais
The potential pharmacologic mechanisms of omalizumab in patients with chronic spontaneous urticaria
Chang TW, Chen C, Lin CJ, Metz M, Church MK, Maurer M
J Allergy Clin Immunol. 2015 Feb;135(2):337-42. doi: 10.1016/j.jaci.2014.04.036. Epub 2014 Jun 17

Nos portadores de urticária crônica espontânea, não é possível identificar qualquer fator desencadeante das crises. Estudos atuais demonstram que alguns pacientes produzem autoanticorpos do tipo IgE contra autoantígenos, como tireoperoxidase ou dsDNA, e outros pacientes produzem autoanticorpos IgG contra a própria IgE, contra o receptor de alta afinidade de IgE, ou ambos, que mantém uma ativação crônica de mastócitos e basófilos. Se estes conceitos estiverem corretos, a autoimunidade e a autorreatividade podem ter papel importante no desenvolvimento da urticária. Mais estudos ainda serão necessários para que se comprovem esta hipótese. A administração de Omalizumabe, um anti-IgE, tem se mostrado uma opção terapêutica para aqueles pacientes que não respondem às terapias atuais para urticária por sua habilidade em depletar IgE, atenuando os inúmeros efeitos desta molécula sobre os mastócitos. Leia mais
Omalizumab in chronic urticaria: a retrospective series of 15 cases.
Armengot-Carbo M1, Velasco-Pastor M, Rodrigo-Nicolas B, Pont-Sanjuan V, Quecedo-Estebanez E, Gimeno-Carpio E.
Dermatol Ther. 2013 May-Jun;26(3):257-9

Omalizumabe é um anticorpo monoclonal anti-IgE aprovado inicialmente para o tratamento de asma grave. Há um crescente aumento de evidência na literatura do seu uso eficaz no tratamento da urticária crônica refratária. Neste artigo, é reportada uma série retrospectiva de 15 casos tratados com omalizumabe. Ao final de 6 meses, 8 em 10 pacientes tiveram resposta completa e 2 melhora parcial. Leia mais
Urticaria Guidelines: Consensus and Controversies in the European and American Guidelines
Fine LM, Bernstein JA.<> Curr Allergy Asthma Rep. 2015 Jun;15(6):535

Dois grandes grupos (Grupo Europeu e Grupo Americano), formados por especialistas médicos de diversas áreas – medicina interna, pediatria, alergia, imunologia e dermatologia –, publicaram recentemente guidelines para avaliação e tratamento da urticária crônica. Estes dois documentos, elaborados independentemente, revisaram a fisiopatogenia e tratamento da urticária e têm muitas conclusões e recomendações em comum, mas também destacam algumas diferenças significativas na avaliação e tratamento da urticária. O seguinte artigo aborda as semelhanças e as diferenças que existem entre estes dois documentos. Leia mais
Postgrad Med J. 2012 Aug;88(1042):458-64. Epub 2012 Mar 30Anaphylaxis: current state of knowledge for the modern physician
Rutkowski K1, Dua S, Nasser S.
Review

Este artigo do Departamento de Alergia da Universidade de Cambridge discute como o clínico deve estar preparado para a anafilaxia, uma emergência médica potencialmente fatal. A maioria dos médicos irá se deparar com este paciente em sua carreira e deverá saber agir rapidamente. O artigo faz uma revisão dos principais desencadeadores da anafilaxia, dos sinais e sintomas frequentes e do manejo clínico numa crise aguda. Reforça também a necessidade de encaminhar este paciente para um especialista, responsável por orientá-lo na prevenção de uma nova crise. Leia mais
The EAACI/GA(2) LEN/EDF/WAO Guideline for the definition, classification, diagnosis, and management of urticaria: the 2013 revision and update.
Zuberbier T, Aberer W, Asero R, Bindslev-Jensen C, Brzoza Z, Canonica GW, Church MK, Ensina LF, Giménez-Arnau A, Godse K, Gonçalo M, Grattan C, Hebert J, Hide M, Kaplan A, Kapp A, Abdul Latiff AH, Mathelier-Fusade P, Metz M, Nast A, Saini SS, Sánchez-Borges M, Schmid-Grendelmeier P, Simons FE, Staubach P, Sussman G, Toubi E, Vena GA, Wedi B, Zhu XJ, Maurer M; European Academy of Allergy and Clinical Immunology; Global Allergy and Asthma European Network; European Dermatology Forum; World Allergy Organization.
Allergy. 2014 Jul;69(7):868-87

Essa diretriz foi elaborada conjuntamente pela Academia Europeia de Alergia e Imunologia Clínica (EAACI), Rede Europeia de Alergia e Asma (GA2 LEN), o Fórum Europeu de Dermatologia (EDF) e da Organização Mundial de Alergia (WAO), com a participação de delegados de 21 sociedades nacionais e internacionais. Abrange a definição e classificação de urticária, tendo em conta os recentes progressos na identificação de suas causas, fatores envolvidos e patogênese. Além disso, aborda um consenso diagnóstico e terapêutico para os diferentes subtipos de urticária, conforme decidido num fórum recente. Leia mais
The diagnosis and management of acute and chronic urticaria: 2014 update
Bernstein JA, Lang DM, Khan DA, Craig T, Dreyfus D, Hsieh F, Sheikh J, Weldon D, Zuraw B, Bernstein DI, Blessing-Moore J, Cox L, Nicklas RA, Oppenheimer J, Portnoy JM, Randolph CR, Schuller DE, Spector SL, Tilles SA, Wallace D.
J Allergy Clin Immunol. 2014 May;133(5):1270-7

Esse artigo foi redigido conjuntamente pela Academia Americana de Alergia, Asma e Imunologia (AAAAI) e pelo Colégio Americano de Alergia, Asma e Imunologia (ACAAI). É um documento completo e abrangente sobre urticária aguda e crônica e abrange a parte clínica, diagnóstica e terapêutica dessa doença. De maneira interessante os autores relatam que apesar de todos os esforços na manutenção das evidências científicas, nem todas as recomendações são adequadas para todos os pacientes. Também entendem que o custo dos testes de diagnóstico e dos agentes terapêuticos são uma preocupação importante que podem influenciar na condução e no tratamento escolhido para um determinado paciente. Evidenciam ainda que os parâmetros foram baseados na melhor evidência científica disponível e que estão livres de viés comerciais. Recomendações estão disponíveis online em  e www.allergyparameters.org. Leia mais
The definition and diagnostic testing of physical and cholinergic urticarias-EAACI/GA2LEN/EDF/UNEV consensus panel recommendations
Magerl M, Borzova E, Giménez-Arnau A, Grattan CE, Lawlor F, Mathelier-Fusade P, Metz M, Młynek A, Maurer M
Allergy. 2009 Dec;64(12):1715-21

As recomendações para a definição e diagnóstico das urticárias físicas apresentados neste documento são o resultado de uma reunião de consenso realizado em dezembro de 2008, em Berlim. Esta reunião foi uma iniciativa conjunta da EAACI (Academia Europeia de Alergologia e Imunologia Clínica), GA (2) LEN (Rede Europeia global de Alergia e Asma ), a EDF ( Fórum Europeu de Dermatologia ) e UNEV ( rede urticária eV ) . O objetivo destas recomendações é melhorar o diagnóstico e tratamento de pacientes com urticária física ou urticária colinérgica e promover a investigação e uma melhor compreensão destas doenças. Além disso, este documento destaca a necessidade de mais pesquisas nessa área de conhecimento. Leia mais
Double-blind placebo-controlled trial of dapsone in antihistamine refractory chronic idiopathic urticaria
Morgan M, Cooke A, Rogers L, Adams-Huet B, Khan DA.
J Allergy Clin Immunol Pract. 2014 Sep-Oct;2(5):601-6

Segundo os autores, o objetivo desse artigo é avaliar a eficácia da dapsona na urticária crônica idiopática refratária a anti-histamínicos. Esse é o primeiro estudo duplo-cego placebo controlado utilizando dapsona 100 mg /dia no tratamento da urticária crônica, demonstrando seus bons resultados como terapêutica de 3ª. linha. Leia mais
Emerging concepts in the diagnosis and treatment of patients with undifferentiated Angioedema
Bernstein JA, Moellman J.
Int J Emerg Med. 2012 Nov 6;5(1):39

Este artigo trata da fisiopatologia das diferentes formas de angioedema, assim como traz, de forma didática, uma revisão sobre suas formas clínicas, meios de diagnóstico e opções de tratamento. Demonstra que a classificação e o diagnóstico assertivo do tipo de angioedema implicam em mudanças na abordagem terapêutica, com melhor sobrevida dos pacientes. Leia mais