A urticária de contato é um tipo de urticária induzida que ocorre minutos após o contato de um agente específico com a pele. Pode ser de dois tipos: alérgica e irritativa (não alérgica).

Os sintomas iniciam-se, em geral, até 20 a 30 minutos após o contato e desaparecem completamente, sem deixar marcas, em média em 1 a 2 horas e no máximo em até 24 horas. 

Saiba mais sobre os dois tipos de Urticária de Contato: 

• Urticária de Contato Irritativa (também chamada de não alérgica ou não imunológica) – é o tipo mais comum. A intensidade da reação varia de acordo com a substância desencadeante e da quantidade. Este tipo fica restrito apenas ao local de contato e pode ocorrer na primeira exposição à substância. Principais desencadeantes: plantas; lagartas, traças e outros insetos; cosméticos, produtos químicos; frutas, vegetais; e, menos frequentemente, animais marinhos. 

• Urticária de Contato Alérgica (ou imunológica) – ocorre primeiro a sensibilização do organismo, ou seja, o paciente precisa ter tido contato anterior com a substância suspeita. Este contato pode ter ocorrido pela pele, mucosa, trato respiratório ou digestivo. Forma-se então uma “memória” da alergia específica a este agente e, a cada novo contato, ocorre uma nova crise de urticária de contato. As lesões podem ocorrer no local do contato com a substância, mas também à distância. Os sintomas variam da presença de poucas urticas a quadros mais graves, com sintomas sistêmicos como rouquidão, falta de ar, olhos vermelhos, queda da pressão, náuseas, vômitos, diarreia, sugerindo um choque anafilático. 
Principais desencadeantes: medicamentos (como antibióticos tópicos e anestésicos tópicos), alimentos, animais e látex. Exposições repetidas podem agravar o quadro.

DIAGNÓSTICO

Assim como em outros tipos de urticária, a história é fundamental, seguida por exame dermatológico detalhado. Posteriormente ao exame completo da pele, seguem-se os testes alérgicos de contato com leitura imediata ou testes sanguíneos direcionados apenas para a substância suspeita.

Essa é uma doença que ocorre com mais frequência em profissões específicas, pela manipulação que determinados profissionais têm no seu dia a dia de trabalho. Um exemplo são aqueles que usam luvas de látex diariamente como profissionais da saúde, cabeleireiros, entre outros. É importante conhecer dados sobre a profissão do indivíduo.

TRATAMENTO

A principal atitude é evitar o contato com o agente desencadeante. O tratamento medicamentoso ocorre como em outros tipos de urticária. 

Se houver evolução para anafilaxia ou choque anafilático, deve-se realizar tratamento específico, de emergência, em ambiente hospitalar. 
Estudos com uso de imunoterapia subcutânea (vacinas) estão sendo realizados na tentativa de descobrir novas formas de controle da urticária de contato.

Bibliografia
Bensefa-Colas L et al. Br J Dermatol 2015; 173:1453–61
Aquino M et al .Curr Treat Options Allergy 2015; 2:365–380
Gimenez-Arnau A et al . Eur J Dermatol. 2010 Sep-Oct;20(5):552-62. Aug 23